31 outubro 2014

the human spirit will not be defeated


um mundo chalado

Imaginem que Steve Jobs tinha vindo a público afirmar que tinha tinha orgulho em ser heterossexual e que ser heterossexual tinha sido a maior dádiva que Deus lhe tinha dado.

A propósito desta "notícia". E já agora, como é que ser gay pode ser um dom?

todos os cuidados são poucos

Spanish intelligence has intercepted messages passed between jihadists online discussing the weaponisation of the deadly Ebola virus for use against the West.

29 outubro 2014

três vezes nove são vinte sete...

Hoje, no Diário Económico.

O Dr. António Costa prometeu uma resposta amanhã no mesmo jornal.

Imagino que será uma resposta à Eng. Guterres: "Ora bem... três vezes nove são vinte sete ... vocês depois fazem as contas...".

Foi apanhado em cheio. E ainda tem a lata de se propor uma resposta.

(Declaração de interesses: eu sou um juiz suspeito nesta querela.)

no mato sem cachorro


Não me parece saudável, ou até possível, que coexistam na sociedade instituições de destaque com visões absolutamente antagónicas. Os cidadãos ficariam confusos, até desnorteados, e perderiam qualquer sentido da vida.
Contudo, é a isso que estamos a assistir em direto. Refiro-me às divergências fundamentais que emergiram nos últimos anos entre o Estado e a Igreja (em Portugal a Igreja Católica).
Pensem, por exemplo, na questão do aborto. Para o Estado é um direito da mulher, financiado pelos contribuintes. Para a Igreja é um crime. Outro exemplo, o casamento gay. Para o Estado é um direito dos cidadãos e o casamento gay é igual ao casamento tradicional. Para a Igreja é um pecado capital, o pecado da luxúria, que vai contra a vontade de Deus.
Estas visões são contraditórias porque partem de perspectivas diferentes. A Igreja está focada na vida eterna (o que eu chamo a sobrevivência da espécie) e o Estado está focado no aqui e agora, pelo menos desde que Keynes, um reputado gay, explicou que “no longo prazo estamos todos mortos”.
Ora esta visão cínica e falsa é incompatível com a visão da Igreja Católica. Cínica e falsa porquê?
Porque no longo prazo, se nos “portarmos bem”, andarão por cá os nossos filhos e os nossos netos, que somos nós reencarnados – são os nossos genes.
Que pensará o cidadão comum quando ouve o Presidente da República afirmar que o aborto é um direito (mesmo que diga a seguir que não concorda) e um bispo afirmar que é um crime?
Eu penso que ficará confuso e desconfiado do Estado e da Igreja, o que para a maior parte de nós será como estar perdido “no mato sem cachorro”.

28 outubro 2014

o regresso do socratismo - circo

Incapazes de resolver os problemas "do umbigo para cima" (dívida e défice), os socialistas concentram-se nos problemas "do umbigo para baixo" (género, transgénero e neogénero).

uma farsa

Economistas da UE consideram os testes de stress do BCE uma farsa.

Independent experts say the ECB has greatly under-played the threat of a serious shock. A study by Sachsa Steffen, from the European School of Management (ESMT) in Berlin, and Viral Acharya, at the Stern School of Business in New York, calculated that the 39 largest European banks would alone need up to €450bn in fresh capital. “The major flaw in the ECB test is that they don’t allow for systemic risk where there are forced sales and feedback effects, which is what happened in the Lehman crisis,” said Professor Steffen.
Their study looked at levels of leverage rather than risk-weighted assets, which are subject to the discretion of national regulators and can easily be fudged. Most Club Med banks can defer tax assets, for example.

Comentário: Neste post eu já tinha mencionado que os testes do BCE não reflectiam o risco sistémico dos cenários mais adversos. É uma questão de bom senso.

ainda somos macacos II

Sobre a guerra entre os Yanomani

27 outubro 2014

ainda somos macacos

Não há progressos na natureza humana - Maria Filomena Mónica

Comentário: Somos os mesmos que saíram de África há 200.000 anos, a civilização é apenas uma fina camada de verniz pronta a estalar a qualquer momento.

L'Homme qui rit

Uma história que se repete. Ver também aqui

26 outubro 2014

stress

No cenário adverso* que chumba o BCP, Portugal estaria de novo na bancarrota. O BCP sabe-o, o BCE também e a UE idem.
Ora nesse caso, nenhum banco poderia escapar à falência, nem a CGD nem o BPI.
Estamos portanto perante um exercício perfeitamente hipócrita que se destina apenas a mostrar serviço - uma especialidade da UE.

*
... testou-se o efeito de um período prolongado de recessão na economia portuguesa, com uma redução acumulada da atividade económica superior a 10% entre 2011 e 2016, uma taxa de desemprego superior a 18% em 2015 e uma subida das taxas de juro da dívida pública, o que penalizaria os custos de financiamento do Estado e das empresas.

para os seguristas (se é que ainda os há)

A importância do exemplo da mãe:

Não tinha e não tenho respeito pelas hierarquias

:-)

sobre as causas do insucesso

“One of the reasons we’re never going to be successful as a whole, because of other black people. And for some reason we are brainwashed to think, if you’re not a thug or an idiot, you’re not black enough. If you go to school, make good grades, speak intelligent, and don’t break the law, you’re not a good black person. And it’s a dirty, dark secret.”

“There are a lot of black people who are unintelligent, who don’t have success,” he continued. “It’s best to knock a successful black person down because they’re intelligent, they speak well, they do well in school, and they’re successful…”

Charles Barkley

Traduzindo:
... sofremos uma lavagem cerebral para pensar que se não formos uns idiotas não somos suficientemente negros.
... se frequentarmos a escola, tirarmos boas notas, falarmos fluentemente e respeitarmos a lei, não somos negros genuínos.

Comentário:

Penso que acontece algo de similar com os portugueses. Um português que seja inteligente, trabalhador e cumpridor das leis, não é um português genuíno, é um “mestiço cultural”... um estrangeirado.
O português autêntico tem de se fazer de estúpido (o que é o mesmo que ser estúpido), tem de ser preguiçoso e incumpridor de tudo e mais alguma coisa, especialmente de boas maneiras e de horários.

25 outubro 2014

o futuro

 O que nos espera

detestava ser Papa

Ter um Papa alemão (Bento XVI) foi um acontecimento inédito nos últimos quinhentos anos. Não tinha havido um Papa  alemão desde o início da reforma protestante. Compreende-se a razão. A reforma protestante teve começo na Alemanha e mesmo os católicos alemães estavam sob a influência das ideias protestantes. O Papa Bento XVI não foi excepção e eu próprio o baptizei de "Papa protestante".

Mas ter um Papa jesuíta é que é um acontecimento inédito de todo, o mais improvável de todos os Papas. Mas aconteceu, a provar que na Igreja Católica - na cultura católica e num país católico, como, por exemplo, Portugal - tudo pode acontecer. Nada está excluído.

Os jesuítas são os luteranos dentro da Igreja Católica. São educados como luteranos - o seu filósofo preferido é Kant, o filósofo do luteranismo - e comportam-se como luteranos, o que quer dizer modernistas.

Os luteranos detestam a figura do Papa (isto é, da autoridade pessoalizada), são democratas, são intelectuais e gostam da polémica, julgam que se chega à verdade pelo debate público das ideias. Detestam também a tradição e as hierarquias  e são reformadores incansáveis. Pela vontade de Lutero, tinha-se deitado a Igreja abaixo e tinha-se recomeçado tudo de novo.

O Papa Francisco exibiu muitas destas facetas luteranas agora a propósito do Sínodo sobre a Família.

A Companhia de Jesus foi criada para defender o Papa da ofensiva luterana, prometendo-lhe uma obediência cega e constituindo-se na sua guarda avançada, uma função que largamente cumpriu. Mas as relações com o Papa foram sempre problemáticas, desde ignorá-lo até considerá-lo um Deus. Aos jesuítas se aplicou como a ninguém mais dentro da Igreja o dito de que "são mais papistas que o Papa".  Não foi raro eles consideraram que sabiam melhor defender o Papa do que o próprio Papa.

Mas o que é que um jesuíta pensa do Papado?

A sua costela luterana fá-lo detestar a figura do Papa. A sua costela católica fá-lo olhar para o Papa como um Deus (os jesuítas foram os principais defensores do princípio da infalibilidade do Papa que, na prática, significava tornar o Papa Deus). Um jesuíta, que seja verdadeiramente um jesuíta, olha para a figura do Papa com esta ambivalência extrema, desde desejar acabar com o Papado até olhar para o Papa como se fosse Deus.

Num post anterior disse, a propósito dos temas da Família, que o Papa Francisco pode tomar decisões que sejam muito diferente das decisões aprovadas democraticamente pelos bispos em Sínodo. Pode. Mas sendo um jesuíta (que é um democrata e detesta a autoridade pessoal) quase de certeza não o vai fazer. No fim, o Papa Francisco vai pôr em vigor as actualizações da doutrina católica sobre a Família que foram decididas democraticamente pelos bispos, sem modificar nada (embora tenha autoridade para modificar tudo).

É que o Papa Francisco, não se considerando Deus, só pode detestar ser Papa. Um dia, quando se fizer a história do seu pontificado (eu penso que vai chegar o momento em que ele vai resignar), ele vai admitir perante todos que detestou ser Papa. Ele é "O Papa que detestava ser Papa".

Porquê?

Porque  é um jesuíta.

um orfanato

O Papa afirmou hoje que "a Igreja sem Maria torna-se um orfanato".

E o que é um orfanato? É uma instituição que acolhe crianças privadas de mãe e pai e outra família chegada e que passam a viver sob a tutela do Estado. (O exemplo mais conhecido em Portugal é provavelmente a Casa Pia).

O Papa também afirmou que ninguém pode ser tão moderno para prescindir de Maria.

O Papa é um jesuíta, a ordem religiosa do catolicismo que mais aproxima o luteranismo. Foi o luteranismo que primeiro contribuiu para criar a  modernidade (juntar-se-lhe-ia, mais tarde, em conflito, o calvinismo) . Em termos laicos, o luteranismo deu lugar ao socialismo.

O luteranismo rejeitou Maria. E uma igreja sem Maria torna-se um orfanato. É esse o ambiente de vida  nos países nórdicos, onde a cultura luterana está representada em estado mais puro: crianças adultas a viver sob a tutela do Estado - o chamado Estado Social ou Estado-Providência. E é para lá que nas última décadas nós temos vindo a caminhar a passo acelerado - para vivermos no ambiente de orfanato, no ambiente de Casa Pia.

os pobres destroem a democracia

É um argumento muito interessante, agora repescado em Hong Kong:

In an interview Monday with The New York Times and other foreign newspapers, Leung explained that Beijing cannot permit the direct election of Hong Kong’s leaders because doing so would empower “the people in Hong Kong who earn less than $1,800 a month.” Leung instead defended the current plan to have a committee of roughly 1,200 eminent citizens vet potential contenders because doing so, in the Times’ words, “would insulate candidates from popular pressure to create a welfare state, and would allow the city government to follow more business-friendly policies.”

Atlantic

Comentário: Os pobres escolhem os candidatos que lhes prometem mais, favorecendo as políticas sociais e prejudicando o investimento. A solução seria limitar o voto aos proprietários e, de um modo geral, a quem paga impostos.

a verdade

Então, e se a Igreja que se reuniu para decidir sobre os temas da Família fosse, não a Igreja Católica, mas uma igreja protestante, qual seria a decisão final?

Seria a decisão democrática dos bispos. Os protestantes excluem o Papa. Na realidade, a rejeição do Papa é o único elemento comum a todo o protestantismo.

Está aqui a origem da democracia moderna - no protestantismo, e esta democracia não tem nada que ver com a democracia da Grécia antiga, ao contrário do que, por vezes, se pretende fazer crer.

A democracia moderna também é partidária. E onde é que estão os partidos (ou seitas)?

Estão mesmo debaixo dos olhos. Tratando-se de uma igreja protestante, quando se levantassem dali, os 188 bispos que estiveram reunidos iriam dividir-se em dois partidos - um, conservador, e que muito provavelmente seria liderado pelo bispo americano Raymond Burk; outro, progressista, e que provavelmente seria liderado pelo bispo alemão Walter Kasper.

Acabou-se a Igreja, acabou-se a comunidade. Agora há seitas ou partidos em conflito uns com os outros.

Uma última questão: quem mais provavelmente chega à verdade, a decisão católica, em que é um homem (Papa) a tomar a decisão, ou a decisão protestante, em que é uma assembleia a fazê-lo? Por outras palavras, a Verdade está num homem ou numa assembleia?

Está num homem: "Eu sou o caminho, a verdade, e a vida"

quando é que matar é legítimo?

23 outubro 2014

Decide só

O Sínodo sobre a Família, cuja primeira fase terminou no Domingo no Vaticano - e que se prolongará até Outubro de 2015 - ilustra o regime de governação da tradição católica, e as diferenças que ele mantém com o regime de governação da tradição protestante (que é aquele que vigora em Portugal actualmente).

A Igreja pretende actualizar a sua doutrina sobre a Família. Há cerca de um ano, o Papa enviou a todas as dioceses um questionário sobre as questões da família, para que fosse distribuído em cada paróquia.

Na semana passada reuniram-se no Vaticano 188 bispos vindos de todas as partes do mundo para discutir cerca de 60 tópicos sobre a Família. No final da sessão entenderam-se e aprovaram todos, excepto dois - o acesso dos divorciados e dos recasados à comunhão e o reconhecimento dos casais homossexuais.

O documento saído desta reunião será ainda refinado antes de ser entregue ao Papa.

No fim, será o Papa a decidir quais as actualizações e inovações - se algumas - a introduzir na doutrina católica da Família.

Este processo de decisão tem, entre outros,  os seguintes elementos.

1) Participação popular.
As opiniões sobre a Família que os bispos levaram para o Vaticano foram formadas no contacto directo do bispo com a população da sua diocese e, portanto, reflectem, em boa medida, a opinião popular sobre tais questões. O inquérito sobre a família distribuído há um ano não tinha outro fim, senão esse mesmo - equipar os bispos com a opinião popular acerca dos temas da Família.

Este processo de decisão tem participação popular. Mas, no fim,  não é o povo que decide. Porquê? Porque a Igreja não é do povo.

2) Democracia.
Os bispos reunidos no Vaticano votaram democraticamente sobre as diferentes questões. Ao contrário do que muitos dizem, de que não existe democracia na Igreja Católica, a democracia está lá. Mas está só na justa medida. A Igreja não chamou jovens de 18 anos para votar sobre estas questões. Chamou apenas homens que pelo seu percurso de vida são os mais competentes para se pronunciarem sobre estas questões.

Os bispos são, por assim dizer, os "deputados" do povo neste processo. Mas convém salientar que estes "deputados" não são eleitos pelo povo, mas designados pela hierarquia, embora possuam em geral assentimento popular.

Ainda assim, a decisão democrática dos bispos acerca de cada um dos pontos em debate não é vinculativa. Por outras palavras,  não é a democracia  dos bispos que decide. Porquê? Porque a Igreja não é dos bispos.

3) Autoridade
Quem decide é o Papa. Decide só. A sua autoridade, nesta como em outras matérias, é plena, suprema, absoluta e que ele pode sempre livremente exercer. Ele pode aceitar as decisões dos bispos acerca de cada um dos pontos em debate, pode rejeitá-las a todas, pode simplesmente não decidir nada, pode até decidir que se ponham em vigor aqueles dois pontos que os bispos reprovaram e que deixem de vigorar todos aqueles que os bispos aprovaram. Ele pode tudo.

4) Responsabilidade
E com que critério decide o Papa - o do seu livre arbítrio? Não, ele até pode achar que os divorciados deveriam poder comungar e adoptar essa medida. Mas o critério não pode ser esse (como ele expressa muito bem aqui). Porquê? Porque a Igreja não é do Papa.

Então, afinal, de quem é a Igreja?

É de Cristo (v.g., "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja").

Portanto, o critério utilizado pelo Papa é o critério de Cristo, que é o critério de Deus. Ao decidir sobre cada um dos pontos em questão, o Papa procura escrutinar qual seria a vontade de Cristo a esse propósito e decide em conformidade.

Deus é a Verdade e o Bem. O Papa decide portanto segundo critérios da Verdade e do Bem para  toda a comunidade católica - isto, é segundo critérios do Bem-Comum.

É uma decisão que envolve algum drama. Nós podemos imaginar o Papa sozinho, antes de tomar a  decisão, confrontado perante Deus e a procurar inferir a vontade de Deus. Se a decisão sair mal, só ele é responsável, porque foi ele a tomar a  decisão, e responde perante Deus.

Eu não consigo imaginar um processo de decisão mais perfeito do que este. 

Comparemos este processo de decisão católico com aquele que vigora no nosso país e que é copiado da tradição protestante. Suponhamos que o primeiro-ministro quer reformar o Estado e considera várias medidas para o fazer. Em quem é que ele está a pensar, antes de tomar as medidas - em Deus, na Verdade e no Bem-Comum?

Não. Está a pensar nas suas bases partidárias (será que eles aprovam isto?), nos parceiros de coligação (será que eles alinham nisto?), no Parlamento (será que eles votam isto?) no Presidente da República (será que ele promulga isto?), no Tribunal Constitucional (será que eles declaram isto inconstitucional?), enfim, está a pensar, numa clique de políticos partidários como ele, que inclui jovens até de 18 anos.

Será que daqui pode resultar o Bem-Comum?

Não pode, não.

quem quer ser violento


Quem quer ser violento encontra sempre motivos. O Sr. Michael Zehaf-Bibeau, canadiano do Quebec, que ontem desencadeou um tiroteio no Parlamento do Canadá é um exemplo. Eu penso que se este fulano fosse uns anos mais novo teria aderido à FLQ – Front de Libération do Québec. No presente optou pelo Islão.
As motivações podem parecer diferentes mas o que estes indivíduos pretendem é matar outros seres humanos. As razões que invocam são apenas narrativas em que nem eles próprios acreditam.

22 outubro 2014

Declínio e queda do Homo Hedonicus

O Homo Hedonicus dominou política e militarmente a Terra durante quase um milénio. A sua capacidade e engenho superiores às restantes sub-sub-espécies humanas com quem partilhou a terra permitiu-lhe dominar boa parte do território e dos seus recursos durante esse período. No auge da sua liderança, o Homo Hedonicus era implacável com os seus inimigos, exterminado algumas sub-sub-espécies e escravizando outras que ameaçassem as suas pretensões territoriais.

As alterações que levaram ao declínio do Homo Hedonicus tiveram o seu epicentro no território da actual Argélia do Norte (na altura conhecida por França). A certa altura, a transformação do homem hedonicus levou a que colocasse a obtenção do prazer físico e intelectual acima de qualquer outro valor. O homem hedonicus privilegiava o prazer à reprodução, o que fez com que num espaço curto de tempo as suas taxas de fertilidade caissem abruptamente. Práticas contrárias ao sucesso reprodutivo como a introdução da mulher no mercado de trabalho, os métodos contraceptivos, a homossexualidade e o aborto passaram a ser aceites e até encorajadas.

Ao mesmo tempo, o homo hedonicus abandonou lentamente as suas práticas militares que o tinham levado a dominar o mundo. Apesar da superiorioridade da sua tecnologia militar, o homo hedonicus abandonou voluntariamente os territórios conquistados, devolvendo-os à população anteriormente dominada. Não só abdicou dos territórios conquistados como permitiu a lenta invasão dos seus territórios originais. A migração dos povos anteriormente dominados para o território do Homo Hedonicus foi feita quase sem resistência.

Nos finais do século XXIV, a última comunidade de Homo Hedonicus, situada em Belgrado na actual Albânia, desapareceu. Ainda hoje historiadores e antropólogos se questionam sobre a razão para esta mudança repentina no século XX que levou ao desaparecimento da sub-sub-espécie que dominou a terra durante perto de um milénio.

Alguns psicólogos contemporâneos afirmam que os indivíduos pertencentes à sub-sub-espécie desaparecida poderão ter sido os mais felizes e livres da história da humanidade. A doutrina divide-se neste ponto.

Prashant Gupta, Universidade de Harvard, Nova Déli,
23 de Maio de 2546




(post dedicado ao comentador Ricciardi que me recomendou uma das melhores leituras que fiz nos últimos tempos)

A Ordem Social e a Família

Só para apontar que Mises, na sua monumental obra de análise crítica do Socialismo em todas as suas diferentes formas, contém um capítulo surpreendentemente interessante sobre o tema da família, o homem, a mulher, as relações de amor, sexo, a sua evolução desde a antiguidade, etc. Aqui disponível (pág. 87 a 104): "Socialism, an Economic and Sociological analysis", publicado em alemão em 1922, edição inglesa na Yale University Press, em 1951. https://mises.org/books/socialism.pdf Talvez merecedor de uma visita e comentário do Joaquim.

os falsos Messias

Mas é claro que a riqueza produzida em Portugal e em todos os outros países desenvolvidos é amplamente suficiente para erradicar a pobreza entre os seus habitantes.
João Cardoso Rosas

Pobres sempre os tereis convosco
Jesus

Comentário: Ilegalizar a pobreza, princípio que o Prof. João Cardoso Rosas subscreve, é sobretudo uma violência para com os que assumem a pobreza como um modo de vida. Pessoas que levam uma vida ascética por opção (pelas escolhas conscientes que fizeram). Os "homeless" que recusam qualquer ajuda, por exemplo.
Em última análise, ilegalizar a pobreza implica usar o poder coercivo do Estado para impor estilos de vida. Arrasar alojamentos de ciganos, tirar as crianças aos pais biológicos e dá-las para adoção, internar compulsivamente os tais "homeless", etc.
Há sempre um momento em que os humanistas armam a guilhotina.

pobres, sempre os tendes convosco

João 12:1-8Almeida Revista e Corrigida 2009 (ARC)

Maria unge com unguento os pés de Jesus

12 Foi, pois, Jesus seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos. Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Então, Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento. Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse: Por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros, e não se deu aos pobres? Ora, ele disse isso não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava. Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto. Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.

Comentário: A caridade (amor) não pode ser um valor absoluto. O único valor absoluto é realizar o propósito da existência humana (realizar a obra do Criador).

21 outubro 2014

com Amor, não por Amor


Qual é o propósito da existência humana? Para que é que nos levantamos de manhã e labutamos todo o santo dia?
Sem responder a esta pergunta não é sequer possível ter uma ideia sobre qualquer outro assunto. Da religião à política, tudo, mas tudo, depende desta resposta.
Resposta que só conseguimos articular se abrirmos os olhos à obra do Criador e vermos o que se passa à nossa volta.
Não somos os únicos animais à face da Terra. De facto, partilhamos este cantinho do Universo com milhares de outras espécies e tudo indica que somos o resultado e o expoente de um processo evolutivo. O nosso desígnio, portanto, tem de estar espelhado no comportamento das outras espécies.
Todas labutam para sobreviver, para quê? Para eternizar os seus genes. Se crescerem e se reproduzirem, os seus genes passam à geração seguinte e dessa à próxima e daí por diante.
Nem todas as espécies têm sucesso, mas todas se focam no mesmo propósito: a eternidade.
A Eternidade, a sobrevivência dos nossos genes, o sucesso da espécie. Eis a resposta à pergunta inicial. É para conquistar essa eternidade que nos levantamos de manhã e esforçamos todo o dia.
Como somos mortais, cada um de nós necessita de se reproduzir para passar metade dos seus genes à geração seguinte. A Eternidade está ao alcance dos genes, não de cada indivíduo que os transporta.
O que conta “é a vida eterna, não é esta passagem pela Terra”. Em termos biológicos: o que conta é o contributo que damos para a sobrevivência da espécie, não o desfrute dos pequenos prazeres mundanos.
O sexo, o cruzamento de um homem com uma mulher, é a via mais direta para a eternidade. Daí ter um toque mágico, quase divino.
O amor não é um fim em si, apenas um meio, entre outros, de assegurar a sobrevivência da espécie. Um meio que pode ser pervertido por relações contranatura que em vez de nos aproximarem de Deus (Eternidade) nos afastam Dele.
Ao ler esta carta de casais católicos e ao acompanhar os trabalhos do Sínodo dos Bispos, parece-me que o amor é demasiado valorizado no contexto do verdadeiro propósito da existência humana. Qualquer um pode alegar que age por amor. Muitas mulheres, por exemplo, têm perecido vítimas de tanto amor e ciúme que os parceiros lhes dedicam.
Na minha opinião, portanto, é sempre preferível concentrarmo-nos no propósito último da existência humana e fazê-lo com Amor, em vez de “por Amor”.

20 outubro 2014

Fábia





-       Qual é o teu território? (sic)
Perguntou-me uma bela vintanera. Não respondi logo, fiquei a olhá-la. O cabelo castanho, a pele morena, os olhos cor de azeitona, um corpo franzino num vestido outonal.
Aproximei-me e encostei o meu corpo ao dela. Fixei-a no olhar e antes que pudesse falar disse-me: - Dá-me o teu número de telefone.
-       Como te chamas?
-       Fábia
Acordei com o som do nome dela. Fábia...
Como sou um especialista em interpretação de sonhos, a primeira coisa que fiz foi perguntar à Fábia, agora em modo consciente, a que se devia a graça da sua presença.
-       Eu sou a musa que concede o engenho. Para me conquistares tens de criar, engendrar, fabricar, algo que me seduza.
Parti-me a rir, o que é sempre uma bela forma de acordar. Reparem na sonoridade de Fábia (de fava?) e de fabricar ou fábrica.
Nos últimos dias tenho-me lembrado da douta sentença que confere pouco valor ao sexo depois dos 55. Pois a Fábia veio explicar-me, e a vocês seus voyers, que sem sexo nada se pode “criar”. Nem bebés, nem ideias.
Os eunucos devem sentir-se perdidos no mar oceano, sem "o brilho da Fábia". Eu sugiro, a quem não atribua grande valor ao sexo, que se interne num lar da terceira idade e que deixe de fazer tristes figuras.

19 outubro 2014

com a faca ao pescoço

Entrevista com Jean Tirole
Pregunta. Europa no encuentra la vía para superar la crisis.
Respuesta. Algunos países, como los del sur, necesitan reformas que les den credibilidad. Del mercado de trabajo, de pensiones, de organización del Estado... Alemania las hizo, los escandinavos también. Como Canadá o Australia. En el sur de Europa hicieron poco. Se han hecho en Grecia o en España, pero ya con el cuchillo en el cuello. Y eso ha tenido costes. En Alemania no esperaron al último momento. Las hicieron en 2002 y 2003.
Comentário: Nos países do Sul as reformas só se fazem com a faca ao pescoço

18 outubro 2014

O discurso do Papa

O discurso do Papa:

http://www.news.va/pt/news/papa-no-encerramento-do-sinodo-esta-e-a-igreja-nos

seria um tolo

Um político, candidato a primeiro-ministro, que aceitasse o desafio que o cidadão António Carrapatoso, em nome de todos os portugueses, lança neste artigo, nunca chegaria a primeiro-ministro. Seria um eterno candidato, um tolo.

Os políticos são eleitos com base em ideias gerais que podem congregar o maio número de eleitores possível. Quando começam a governar, e descem às medidas concretas, vão perdendo apoios. Gastam, por assim dizer, o capital político que conquistaram com a vitória. Quando terminam os mandatos já não têm qualquer poder - são "lame ducks".

A ascensão de António Costa demonstra este fenómeno, "quanto menos explica mais popular fica". Ele sabe, nós sabemos e só o cidadão António Carrapatoso é que parece não saber.

17 outubro 2014

o monstro

O monstro continua a almoçar - artigo de Rui Ramos no Observador

Cometário: Rui Ramos está cheio de razão, como sempre. Só não entendo como consegue conciliar estes dois parágrafos: 

Toda a gente arranjou maneira de se zangar com o Orçamento. A acusação mais curiosa foi esta: afinal, depois de tanta “austeridade” e de tanto “neo-liberalismo”, nada mudou. Quando muito, algumas tendências estão mais moderadas. Falta de zelo? Irresponsabilidade, como insinuam aqueles que agora se lembram de que “vamos para a parede”? Não. A razão é mais simples: “nada mudou”, porque nada, até agora, teve de mudar.
...
Mas tudo isto quer dizer uma coisa: as mudanças que não fizemos até agora por opção, vão um dia acontecer por necessidade. Só que talvez já não sejam reformas, graduais e planeadas, mas revoluções, súbitas e caóticas.

Será responsável deixar arrastar a situação até ao ponto das "revoluções, súbitas e caóticas"? Rui Ramos é historiador e talvez saiba que a política é assim mesmo. Eu sou médico, tento sempre evitar que a situação dos meus doentes se deteriore, porque é muito mais fácil prevenir do que remediar. De facto, muitas catástrofes não têm remédio.

bolchevismo II

Ex-secretário de Estado pode vir a ser condenado, até 5 anos de cadeia, se repetir a graçola

bolchevismo

Agredir, insultar ou apenas desobedecer a ordens de funcionários das finanças vai passar a ser punido com multa ou pena de prisão que pode ir até aos cinco anos, a partir do próximo ano. A proposta de Orçamento do Estado para 2015 estabelece, "para efeitos do disposto no Código Penal", que os funcionários do fisco são "investidos de poderes de autoridade pública".

PS: Eu pensei que estava a ler o Inimigo Público

pagamos menos do que os serviços custam

De passagem na Praça do Comércio, entrei numa cafetaria do Ministério das Finanças e pedi um café.
- São 5,00 € - Disse-me o funcionário.
- 5,00 € ? - Perguntei. O preço pareceu-me exagerado.
- Sim, são 5,00 €. E o Sr. ainda está a pagar menos do que o café custa.

Comentário: Passa-se o mesmo na saúde e na educação. Uma consulta num hospital do SNS sai muito mais cara do que uma consulta num consultório privado, mas o doente não tem escolha.
O défice existe porque os portugueses não têm meios para pagar os serviços que o Estado os obriga a "comprar", aos custos que o Estado impõe.
Quando estes custos forem estabelecidos pelo mercado não haverá qualquer défice e os impostos poderão baixar. Há uma regra bem conhecida que convém ter presente: os serviços públicos são 30% mais caros do que os privados.

um político na cadeira de S. Pedro

O Francisco quer mudar mas os malandros dos Bispos não deixam...

+ mil milhões

Despesa do Estado subiu mil milhões desde 2011

16 outubro 2014

carta ao Ministro Nuno Crato


Sr. Ministro da Educação
Nuno Crato

V.ª Ex.ª deve estar a pensar com os seus botões como caiu tão depressa e tão baixo na estima dos portugueses.
Sendo um homem inteligente e experimentado nas lides políticas deve sentir-se triste e até envergonhado com o seu papel à frente do ME. Entrou e vai sair sem que nada de substancial mude na educação em Portugal e, ainda por cima, carrega agora às costas um estigma de incompetência que lhe vai ser difícil sacudir.
Pois, meu caro, não se sinta só. Muitos, e até melhores do que nós, escorregaram na mesma casca de banana. Deixe-me apenas recordar-lhe alguns incidentes que ofuscam, num segundo, a sua “colocação de professores”: Katrina, Fukushima e agora o Ébola. Em todos estes casos se demonstrou que os governos não estavam preparados e que os seus responsáveis foram incompetentes.
Lembrei-me de si ao ver o Diretor do CDC (Center for Disease Control) meter os pés pelas mãos em direto. Hoje vai prestar declarações ao Congresso dos EUA e imagino que vai sair de lá bastante chamuscado. Irá pedir desculpa, como V.ª Ex.ª? Duvido.
A razão para todos estes fracassos do Estado é inerente ao próprio sistema público: é a comunicação, é o centralismo, é a burocracia infernal. Paul Light, do Instituto Brookings, publicou um livro sobre este tema: “A Cascade of Failures: Why Government Fails, and How to Stop It”. Vem citado neste artigo.
O seu erro, caro Nuno Crato, foi não ter percebido a tempo que tinha nas mãos uma tarefa impossível. O que devia ter feito, que era dar opções de escolha aos cidadãos e descentralizar, não fez e agora é tarde.
Felizmente não há vítimas mortais do ignóbil processo de colocação de professores, talvez apenas alguns chiliques. O que não deixa de ser trágico-cómico no CV de um ex-ministro. Se tivessem morrido uns milhares de professores, V.ª Ex.ª sempre teria direito a um parágrafo na história de Portugal.
Assim, aparece e desaparece sem glória, mas também sem uma calamidade ligada à sua pessoa. O Crato? É aquele tipo que andou no governo no tempo da Troika.
Melhores cumprimentos,

venha o Diabo e escolha

O PS não pode avançar... com redução da carga fiscal - Ferro Rodrigues

Não vejo margem para reduzir a carga fiscal - Maria Luís Albuquerque

Comentário: Continuo a pensar que não há diferenças significativas entre o PSD/ CDS e o PS, a luta política ficou reduzida aos clubismos.

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Carga fiscal atingirá novo máximo histórico em 2015

Impostos crescem três vezes mais do que a economia

HAZMAT - mais um estrangeirismo

HAZMAT SUIT - Hazardous Materials Suit

a medicina dos algoritmos

The Centers for Disease Control and Prevention said that Vinson called the agency several times before flying, saying that she had a fever with a temperature of 99.5 degrees. But because her fever wasn't 100.4 degrees or higher, she didn't officially fall into the group of "high risk" and was allowed to fly.

Comentário: A enfermeira Ambar Vinson é o segundo caso de ébola contraído nos EUA. Antes de embarcar num voo comercial telefonou para o CDC (organismo que comanda a luta congtra o ébola nos EUA) para comunicar que estava febril, com 37,5 º C. Disseram-lhe que podia embarcar porque o algoritmo do CDC só considera alto risco acima dos 38º C.

15 outubro 2014

Dallas

















The nurses alleged that:
— Duncan was kept in a non-isolated area of the emergency department for several hours, potentially exposing up to seven other patients to Ebola;
— Patients who may have been exposed to Duncan were kept in isolation only for a day before being moved to areas where there were other patients;
— Nurses treating Duncan were also caring for other patients in the hospital;
— Preparation for Ebola at the hospital amounted to little more than an optional seminar for staff;
— In the face of constantly shifting guidelines, nurses were allowed to follow whichever ones they chose.

Não é Pax Americana, é mais a desordem neoconservadora

Curdos contra ISIS, Turcos contra Curdos. Israel apoia Curdos e contra Hezbollah. ISIS contra Assad, EUA contra Assad e ISIS. Hezbollah contra ISIS e Rebeldes Sírios que são apoiados pelos EUA. Irão apoia Assad e xiitas no Iraque. EUA apoiam xiitas no Iraque e contra Irão. Rússia apoia Assad. Sunitas monarquia Árabes toleram a ISIS e contra Assad, EUA apoiam Sunitas monarquias Árabes. Xiitas são ameaça a monarquias árabes. E não acaba aqui...

a verdadeira notícia

PS pode vir a considerar saída do Euro

PS já começou a trabalhar para outro resgate

1. O abaixamento significativo da taxa média de juro do stock da dívida; 2. Extensão de maturidades da dívida para quarenta ou mais anos; 3. A reestruturação, pelo menos, de dívida acima dos 60% do PIB, tendo na base a dívida oficial". Estas são também as "três condições a que deve obedecer a reestruturação da dívida", segundo o Manifesto dos 74.

Ionline

14 outubro 2014

quem sou eu para julgar?

O incesto é um direito humano fundamental

A bestialidade é legal na Dinamarca, Finlândia, Hungria e Suécia

vida de cão em tempo de peste

Em Espanha - abatido














Nos EUA - quarentena


Ingenuidade iluminista

Assim tipo Napoleão, que usou a sua força militar iluminista para revolucionar a Europa. Trostky quis fazer o mesmo mas o isolacionista Estaline não deixou. Para compensar, temos o "mind set" neoconservador que passou a dominar parte da direita. como a esquerda progressista, é o consenso "aceleração da história"... tirando claro, os casos, de 3 passos atrás.

Ex-director da CİA James Woolsey sobre a Síria , Egipto, Médio Oriente: "O problema não é o Islão, o problema é a Tirania"

Nota: Por tirania fala dos governos (uns já ex-regimes....) razoavelmente seculares, ou então dos amigos Sauditas, como monarquia absoluta teocrática (nada contra, a cultura é a deles, não sou internacionalista, e parecem. em parte, pró-capitalismo), sempre preferidos à teo-democracia do Irão (nada contra, democracia com filtros institucionais não é absurdo).







tudo ou nada

... não é sábio pensar em soluções únicas inspiradas na lógica do tudo ou nada

Conclusão do El País sobre as 265 teses apresentadas no Sínodo dos bispos

13 outubro 2014

devem ter prioridade

Segundo o Vaticano, a Igreja Católica deve dar prioridade aos filhos dos casais homossexuais

Comentário: Realmente, como só podem ser fruto de um milagre, a posição do Vaticano faz todo o sentido. Apenas me resta uma dúvida de natureza teológica, como todos somos iguais aos olhos de Deus, por que é que uns devem ser mais prioritários do que outros?
Será que o Francisco pensa que os homossexuais têm menos capacidade para tratar dos "filhos" e que a Igreja deve dar uma ajudinha?

dons e qualidades

O Vaticano considera que os homossexuais têm «dons e qualidades a oferecer» e questionou, através de um documento oficial, se o catolicismo poderá aceitar os gays e reconhecer os aspetos positivos que podem existir nas uniões entre pessoas do mesmo sexo.

histeria?

OMS: O ébola é a pior emergência sanitária da era moderna

contraordenação

Todos os meses estou a cobrar ao Estado o valor de uma contraordenação grave - 120,00 € - e estou a pensar passar a cobrar uma contraordenação muito grave.
A história é fácil de contar. Viajo com frequência na A28, uma autoestrada paga mas com troços com velocidade limitada a 100 Km/ hora, onde a GNR procede a uma espécie de "emboscadas" aos condutores que não se apercebem desse limite e prosseguem nos 130 Km/ hora - procurando beneficiar do desconto de 10 Km sobre o limite em vigor nas autoestradas.
Ora para evitar contratempos, passei a fixar o "cruise control" do meu veículo nos 100 Km/ hora, em todo o trajecto da A28. O resultado foi fantástico, o consumo diminuiu de 11,5 para 6,5 l/ 100 Km. Como faço 2.000 Km/ mês entre o Porto e Caminha, poupo cerca de 150,00 €/ mês - o valor de uma contraordenação grave (80% deste valor são impostos..).
Por isso digo que todos os meses cobro ao Estado o valor de uma contraordenação grave e só tenho pena de não poder inibir o Governo por um período de 3 a 12 meses, cassando-lhes o respetivo mandato.
Num próximo post vou explicar como irei passar a cobrar uma contraordenação muito grave.

12 outubro 2014

e agora?

Primeiro caso de ébola contraído nos EUA

a origem de uma elevada Distância ao Poder


É sabido que em Portugal há uma grande Distância ao Poder (PDI de Hofstede) mas não está esclarecida a origem deste fenómeno.
Neste post vou recorrer a um exemplo muito do agrado do PA para tentar dar uma explicação plausível.
Imaginemos uma família à antiga portuguesa constituída pelo pai, pela mãe e por 10 filhos. A numerosa prole, educada pela mãe, desfruta de uma liberdade assinalável. Cada um cultiva as suas idiossincrasias e maneira de estar própria (característica do povo) e até se ri da carneirada massificada (as massas do Norte da Europa) - ver este post.
Neste contexto, alguém tem que deitar a mão ao leme da barca e esse alguém só pode ser o pai. A mãe está ocupada a governar a casa. Ora ao assumir o papel de timoneiro, o pai tem de se afastar dos caprichos e birras da canalhada, para tratar todos por igual e assegurar que não há um naufrágio familiar, com cada um a remar para seu lado.
Este afastamento do pai cria um distanciamento que depois é transferido da família para todas as outras organizações sociais, dando origem a um elevado PDI.
Os portugueses aceitam um elevado distanciamento ao poder porque este lhes permite uma liberdade pessoal quase ilimitada. Por oposição aos países com baixo PDI e com uma população massificada.
À medida que a UE nos impuser a sua massificação, ao estilo alemão, os portugueses vão passar a questionar o poder central, como nunca se viu entre nós. E isto porque ficaríamos com o pior de dois mundos, pouca liberdade individual e pouca participação nos processos de decisão.

libertários

Os libertários são basicamente uma espécie de “nerds” com Asperger e discutir com eles é como debater com uma calculadora. Fica-se sempre a perder.
...
A filosofia dos libertários está muito bem resumida no livro do Matt Kibby : “Don’t Hurt People and Don’t Take Their Stuff”.
...
O pior que se pode dizer dos libertários é que não se preocupam com os pobres. O que seria o mesmo que afirmar que são racistas e egoístas, enquanto a verdade é que eles fizeram as contas e chegaram à conclusão que a caridade prejudica os pobres.

Gavin McInnes, Um Guia da Direita para Idiotas

11 outubro 2014

latinidade VI

Hospital Carlos III não tem condições para tratar doentes com ébola

é a mãe

O grau de escolaridade da mãe é o que mais determina o desempenho escolar dos alunos em Portugal, ao contrário do que acontece na maior parte dos países europeus, onde as habilitações do pai têm maior peso.
Expresso

Comentário: Nada que surpreenda o nosso PA

lavandaria Soares

... foi injustiçado

09 outubro 2014

250 hospitais dos EUA usam robots para desinfeção

Com uma diminuição de 65% na taxa de infeções nosocomiais






Cada robot da Xenex custa 65.000,00 US$

you get what you pay for

Gastos com a saúde na OCDE




















Centro para tratamento de doentes com ébola nos EUA



















Corredor para arrumar doentes com ébola em Espanha


não há uma cadeia de comando


Para combater uma ameaça como o ébola, é necessária uma disciplina férrea porque qualquer falha pode ser fatal. Esta disciplina implica uma clara cadeia de comando, liderada pelos médicos mais competentes.
Ora neste momento, pelo menos em Portugal, não existem cadeias de comando uniformizadas no sector da saúde. Nos hospitais, por exemplo, cada corporação tem a sua própria cadeia de comando. Os médicos respondem perante a Direção Clínica, os enfermeiros respondem perante a Direção de Enfermagem e até as auxiliares têm chefias autónomas. O resultado é que, nos serviços, as equipas não têm “uma cabeça”. Não há coerência de ação.
Em presença do um inimigo como o ébola, esta organização é nefasta. Muitos cabos e sargentos não substituem um general, como rapidamente ficará demonstrado.