31 outubro 2011
Sair do Euro (2)
declarações muito infelizes II
declarações muito infelizes
uma história de sucesso
Crescemos e multiplicamo-nos. Somos a espécie mais bem sucedida à face da Terra e podemos contemplar a eternidade, isto é, Deus.
30 outubro 2011
(ainda) exigindo o melhor dos dois mundos
deixai, ó vós que entrais, toda a esperança
Blasfemaram de Deus e maldisseram
A espécie humana, a pátria, o tempo, a origem
105 Da origem sua, os pais de quem nasceram.
Todas no pranto acerbo, em que se afligem,
Se acolhem juntas ao lugar tremendo,
108 Dos maus destinos, que se não corrigem.
o fim da democracia na Europa
Telegraph
o problema dos "haircuts"
29 outubro 2011
1,60
Caso Duarte Lima - 3 páginas e uma análise sociológica de VPV
Caso Isaltino de Morais - 2 páginas
Caso Renato Seabra - 1 parágrafo
Caso Ana e Miguel - 1 artigo de opinião
o que faria Jesus?
Jesus seria um ocupa? Ficaria à espera que outros resolvessem os seus problemas?
Penso que não, Jesus era um homem de acção que apresentaria soluções concretas e que lutaria por elas.
Por outro lado, Jesus recomendava o cumprimento da Lei e não apoiava comportamentos desordeiros.
Jesus expulsaria os ocupas do templo, como no seu tempo expulsou os vendilhões.
28 outubro 2011
simplicidade
David Foster Wallace (1962 - 2008)
Super Mario to the rescue...
"Itália conta ir ao mercado colocar 440 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro no próximo ano, revelou hoje o presidente da entidade italiana que gere o crédito público, citado pela Reuters. O valor é ligeiramente superior ao montante previsto para este ano, que se situa em 430 mil milhões de euros. A meta de financiamento foi anunciada numa altura em que os mercados pressionam cada vez mais o País, mergulhado numa crise política e com elevados níveis de endividamento e fracas perspectivas de crescimento. Hoje, Itália teve de pagar mais de 6% para convencer os investidores a comprar dívida a dez anos.", no Diário Económico online.
de olhos postos no futuro
to whom it may concern
"European insurers, which hold about 8 percent of southern euro-zone sovereign debt, may survive writedowns without raising capital by passing losses onto customers. Life policyholders will shoulder about two-thirds of the potential losses insurers face on their 235 billion euros ($335 billion) of Greek, Italian, Irish, Portuguese and Spanish debt, according to Bloomberg calculations based on data compiled by JPMorgan Chase & Co. (JPM).“Policies are written against the general account of the insurers so basically they have all the flexibility they want to assign any losses on assets to policyholders,” said Guillaume Prache, managing director of the Brussels-based European Federation of Investors, which represents two million retail investors. Customers “are very badly informed on the exposure and the risk that represents.”", na Bloomberg (destaque meu).
not over yet (3)
Portugal entra no "vórtice grego"
"Portugal appears to have entered a Grecian vortex and monetary trends have deteriorated sharply in Spain, with a decline of 8.4pc," said Simon Ward, from Henderson Global Investors. Mr Ward said the ECB must cut interest rates "immediately" and launch a full-scale blitz of quantitative easing of up to 10pc of eurozone GDP.
The M1 data - cash and current accounts - is watched by experts as a leading indicator for the economy six months to a year ahead. It has been an accurate warning signal for each stage of the crisis since 2007.
A mix of fiscal austerity and monetary tightening by the ECB earlier this year appear to have tipped the Iberian region into a downward slide. "The trends are less awful in Ireland and Italy, suggesting that both are rescuable if the ECB acts aggressively," said Mr Ward.
A shrinking money supply is dangerous for countries with a high debt stock. Portugal’s public and private debt will reach 360pc of GDP by next year, far higher than in Greece.
Linha aberta
27 outubro 2011
o salvador
os estímulos deram mau resultado em Portugal
Senador Toomey dá exemplo de Portugal para demonstrar que o Keynesianismo dá maus resultados
not over yet
“European leaders persuaded bondholders to take 50 percent losses on Greek debt and boosted the firepower of the rescue fund to 1 trillion euros ($1.4 trillion), responding to global pressure to step up the fight against the financial crisis (…) Europe’s leaders took the unusual step of summoning the banks’ representative, Managing Director Charles Dallara of the Institute of International Finance, into the summit to break the deadlock over how to cut Greece’s debt to 120 percent of gross domestic product by 2020 from a forecast of about 170 percent next year. Dallara squared off with a group led by Merkel and French President Nicolas Sarkozy around midnight after issuing an e- mailed statement that “there is no agreement on any element of a deal.” Sarkozy said the bankers were escorted in “not to negotiate, but to inform them on decisions taken by the 17 and then they themselves went on to think and work on it.”, Bloomberg (Destaque meu).
As notícias desta madrugada são encorajadoras, embora não sejam ainda definitivas nem, menos ainda, estruturais. De concreto, a única coisa ontem anunciada foi a imposição de um perdão de dívida, à força, aos bancos que não o queriam aceitar. Dir-se-á: não há direito! Pois, talvez não haja, mas também não havia o direito de financiar o resgate da Grécia (e da Irlanda e de Portugal) com dinheiros públicos e fez-se na mesma. Assim, a repartição dos custos destes sucessivos resgates fica mais equilibrada, aliviando a Grécia de um fardo que, manifestamente, não conseguiria suportar, permitindo ainda, nos países credores, acomodar a segurança institucional de um sector bancário que incorreu em risco excessivo face aos seus fundos próprios. Deste modo, ficam mais protegidos os aforradores que, nada tendo a ver com o desvario grego, tinham as suas poupanças ameaçadas. E do fumo branco de ontem, esta é talvez a mensagem mais importante (e mais reconfortante): os países da zona euro não permitirão que bancos seus possam ir à falência, num cenário que colocaria em risco as poupanças das pessoas.
Porém, tendo circunscrito o problema grego, a solução encontrada pelas autoridades europeias para proteger os restantes países da zona euro é ainda incerta. A partir de agora, os países emitentes da zona euro em dificuldades, sempre que emitirem dívida, poderão recorrer ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira tomando de empréstimos as suas garantias que, por sua vez, serão utilizadas para garantir o sucesso das colocações de dívida daqueles países em mercado primário. A lógica é a seguinte: no caso de incumprimento, há pelo menos uma parte, aquela que é "garantida" pelo FEEF, que não se perderá. Mais, defendem os mentores da iniciativa, esta segurança adicional, a prazo, permitirá aos países em dificuldades emitir dívida com taxas de juro menos onerosas. Enfim, entre a ideia de manter o FEEF como está e a ideia de alavancar o fundo até dois biliões de euros através de empréstimos concedidos directamente pelo Banco Central Europeu ou, pior ainda, concedendo ao próprio FEEF uma licença bancária, creio que a solução encontrada acaba por ser uma razoável solução de compromisso.
Tal não invalida, contudo, que permaneçam grandes incógnitas na forma de funcionamento deste novo mecanismo, nomeadamente em relação à sua eficácia. Primeiro, será que os prémios de risco cobrados à Espanha e à Itália baixarão de forma significativa? Duvido seriamente. Segundo, serão os países que garantem o FEEF, se também forem credores directos das tais emissões de dívida, credores privilegiados dos países emitentes? Não sabemos. Terceiro, qual será a capacidade seguradora deste novo mecanismo? Um bilião de euros, como ontem foi anunciado, ou menos? É que apesar da capacidade efectiva do FEEF ser actualmente de 440 mil milhões de euros, não nos podemos esquecer que daquele valor há 115 mil milhões que já estão reservados para os programas de resgate em curso (Grécia, Irlanda e Portugal). Além disso, se os bancos afectados pelas recapitalizações não conseguirem levantar recursos junto de investidores privados nem dos respectivos Estado (não é o caso em Portugal, mas poderá ser o caso em Espanha ou em Itália) o FEEF será a linha de última resistência, responsabilizando-se, então, pelas insuficiências de capital dos bancos. Assim sendo, o tal bilião de euros foi estimado com base nos 440 mil milhões ou nos cerca de 200 a 250 mil milhões que, hoje, o fundo efectivamente representa? Por fim, qual será o papel do Banco Central Europeu no meio de tudo isto?
Em suma, a crise está longe de estar resolvida. Contudo, as decisões de ontem permitirão uma (grande) coisa: separar o trigo do joio na banca, permitindo premiar aqueles que não necessitarem de injecções de capital. Quanto ao resto, é fazer figas e ranger os dentes. Por um lado, os gregos manter-se-ão em protesto nas ruas de Atenas. Mas, por outro lado, como a posição de força da política sobre a banca ontem demonstrou, os contribuintes não aceitarão mais resgates, em especial, àqueles que não se souberem comportar.
respeitem-se
He cautioned against looking to the CIC to solve Europe’s problems, noting that the fund’s resources pale in comparison to the continent’s. The CIC has about $100 billion at its disposal to spend abroad, he said.
“I hate to use the word, ‘rescue,’ ‘salvage,’” he said. “Eurozone is one of the few political and economic establishments which are expecting charity from China and emerging markets. We respect you, please respect yourself.”
Jin was unusually candid about what ails Europe and urged leaders to have the “guts” to make significant reforms — as Asian leaders did when faced with their crisis in the late 1990s.
“The root cause of the trouble is the overburdened welfare ... the sloth-inducing, indolence-inducing labor laws,” he said. “People need to work harder. They need to work longer.”
Many have argued that, during boom times, European governments funded their prosperity and generous welfare states with deficit spending, while not sufficiently investing in growth. As the global economy has slowed, European countries have struggled to repay those debts.
WP
PCTP/MRPP
Já não procura inspiração doutrinária, mas apenas o conforto do fundo soberano chinês, o CIC - Chinese Investment Corporation.
o Presidente estará doente?
Ionline
os bancos não podiam prever...
PSG no Jornal de Negócios
O director do JN parece que nunca ouviu falar o Dr. Medina Carreira. Ou então pensa que as finanças públicas são um poço sem fundo.
26 outubro 2011
tudo como dantes no quartel d'Abrantes
Julgo que Fernando Ulrich e Santos Ferreira se sentirão perfeitamente confortáveis para "continuar a liderar" os seus bancos, depois da prevista nacionalização. Dirão qualquer coisa do género:
- O mais fácil era demitir-me!
as rotativas já estão a aquecer
"O futuro presidente do Banco Central Europeu (BCE) disse hoje que o sistema europeu está determinado a evitar que o mau funcionamento do mercado impeça o fluxo monetário, através de medidas não convencionais, mas temporárias. Num discurso hoje em Roma, no âmbito do dia mundial das poupanças, o ainda governador do Banco de Itália, Mario Draghi, afirmou que "o eurosistema está determinado, com as suas medidas não convencionais, a evitar que o mau funcionamento dos mercados monetários e financeiros obstaculize as transmissões monetárias", referindo-se à compra de títulos da dívida dos países em dificuldades por parte da instituição sediada em Frankfurt.", no Diário Económico online.
Com que então, Mario Draghi era mais alemão que os próprios alemães?! Pois pois...Ora, como é que se diz "helicóptero" em deutsche? A Grécia pode estar de malas aviadas do euro; depois, seguem-se os boches...
é só fazer as contas 3
La UE quiere depreciar también los créditos de la banca al sector público.
é só fazer as contas (2)
Há bancos em Portugal que vão ser intervencionados pelo Estado. Mas, atenção, convém não confundir a capitalização bolsista de um banco com os seus fundos próprios. São coisas diferentes...
a moeda e a cultura II
Comentário às afirmações de Alan Greenspan.
a moeda e a cultura
Alan Greenspan
25 outubro 2011
the free market in danger
...
You don’t have to be a closet socialist to feel the anger; on the contrary, the bailout was proof that our free market system tends to become rather less free when powerful people are in danger of losing money. Our economic system would be better described as fairweather laissez-faireism which turns highly interventionist for the wealthy and powerful when the weather turns bad.
If we are going to have intervention and state-ownership in the bad times it becomes difficult not to ask why we should not also have them during the good times. It isn’t going to come from the encampment outside St Paul’s, but conditions may soon be right so as to enable a coherent voice on the left to sell the British public at least as collectivist a programme as the one they voted for in 1945.
There is an alternative: to tweak the rules openly and deliberately so as to promote wealth-accumulation among the masses. How about a law demanding that all salaries above £100,000 in public companies must be payable in company stock which cannot be sold for at least five years after an individual’s involvement with the company has ended? Then, the interests of the directors would be aligned with that of small shareholders: the former would have to build long-term value in their companies. In the short term they would have to earn cash through paying dividends to everyone, not just bonuses to themselves.
Ross Clark, no Spectator desta semana.
uma boa ideia, com anos de atraso
CIP defende medida que eu propus em 2008:
Nesta crise económica nacional é necessário todo o engenho para superarmos os desafios que se nos colocam. Os salários reais têm estagnado ou subido muito pouco, mas, em paralelo, o custo de vida tem aumentado significativamente, criando dificuldades às famílias. Refiro-me, em particular, aos custos com a alimentação, habitação e transportes.
Uma ideia que poderá contribuir para atenuar estas dificuldades seria efectuar o pagamento dos salários anuais em 12 prestações, em vez das actuais 14. Seria eliminado o subsídio de férias e de Natal e os respectivos montantes passariam a ser distribuídos pelos 12 meses do ano, de acordo com a respectiva actualização financeira, de modo a não prejudicar as entidades patronais.
Os portugueses ficariam com mais dinheiro disponível no fim do mês e é possível, por outro lado, que algumas alterações nos padrões de consumo pudessem ter efeitos benéficos acrescidos para a economia. Que tal uma férias cá dentro, em vez de exportarmos divisas para a República Dominicana, ou para o Brasil?
Quem aufira cerca de 500 € / mês, passaria a poder contar com cerca de 580 € (deixo os ajustes para os contadores de feijões), sem ter de recorrer ao crédito para antecipar esse rendimento. Nada mau! Numa mini-sondagem que efectuei, 9 de cada 10 portugueses mostraram-se favoráveis a esta ideia.
3 de Março de 2008
PS liquidou a banca portuguesa
O BCP que em 2007 se transaccionava a 4,22 € está a 0,16 e o BES que estava a 17,26 está a 1,5. E a procissão ainda vai no adro.
mark-to-market
Assumido o possível incumprimento de dívidas soberanas, os bancos devem passar a contabilizar as suas carteiras destes activos ao preço de mercado.
____________________
Já depois de escrever este post, li no DE que a UE vai obrigar a banca a adoptar esta medida.
Segundo as contas da Reuters, a Caixa Geral de Depósitos deverá ter uma insuficiência de capitais de 4,4 mil milhões de euros e o BES de 3,9 mil milhões. No BCP as necessidades ascendem a 3,7 mil milhões e no BPI fixam--se em 2,3 mil milhões.
PS: Isto é assumir a falência da banca portuguesa.
24 outubro 2011
TVI
- Indivíduo com escroto de 45 Kgs.
- Suicídio de criança de 10 anos.
- Monoparentalidade.
- Fugitivo Americano.
- Como é que os deficientes sentem e realizam sexo.
- Na UE os deficientes têm acesso a assistentes sexuais pagas pelo Estado.
uma autoridade global
Eu penso que teria de ser uma autoridade omnisciente, omnipresente e omnipotente. Em Quem estarão a pensar?
2 notícias 2
Vieira da Silva diz que sistema é sustentável
Não é possível viver nesta barafunda. Bem dizia o Hayek que "quanto mais o Estado planeia, menos os cidadãos podem planear as suas vidas".
a política da equidade
polígamos unidos, jamais serão vencidos
23 outubro 2011
pobre e mal agradecido
Mas é preciso ter lata!
Com que então, não foi essa mesma Europa que, a fim da nossa modernização económica, nos últimos 20 anos, nos deu A FUNDO PERDIDO várias centenas de milhares de milhões de euros?! Não foi essa a mesma Europa que, ainda agora, para que nos mantivéssemos à tona da água evitando assim uma cessação de pagamentos, tratou de nos emprestar oitenta mil milhões?!
Francamente...
Navegando à vista
“(…) apesar dos riscos, eu aceitaria a instabilidade de curto prazo, perpetrada por mudanças hoje tidas como radicais, em prol de um futuro potencialmente melhor e mais dinâmico, em vez da morte lenta em que nos encontramos. Infelizmente, esta opção comporta riscos para os quais a generalidade da população não está ciente e para os quais, provavelmente, não está disponível. Ora, a actuação hipócrita dos partidos, sempre em busca de dividendos políticos instantâneos, alimenta esse desconhecimento, essa visão distorcida da realidade, até ao dia em que o mundo, efectivamente, mudar para a população em geral, mudando para pior ou para muito pior. A tempestade perfeita está à nossa porta, sendo que não é certo que a bonança esteja imediatamente ao virar da esquina. É uma pena, mas, na ausência de instrumentos, navegamos à vista.”, “Vida Económica”, artigo “Navegando à vista”, publicado em Novembro de 2010.
O nosso País é reconhecidamente um País com défice de participação cívica. A inexistência de debate intelectualizado, factual e prospectivo, por um lado, e uma certa sensação de impotência, por outro, fazem com que o País permaneça subjugado a uma classe política, em geral, impreparada.
Assim, a qualidade da Democracia em Portugal só melhorará no dia em que a dita sociedade civil se libertar de uma amarra auto infligida. Mas como, e quando, conseguiremos isso? Ora, confesso que não sei. É, aliás, neste ponto que reside a principal fragilidade da ideia de Democracia Directa, que tenho defendido nos últimos anos. É que, há quem diga, o povo não quer pensar, pelo que, é provável que também não saiba pensar. E, pior ainda, dizem os críticos, não querendo nem sabendo pensar, como se esperará que possa decidir? Sobretudo, que se possa sentir responsabilizado por essas decisões?
Infelizmente, a situação a que chegámos, de ruína financeira e política, é reflexo da desresponsabilização colectiva a que o eleitoral nacional se auto votou. É, por isso, que apesar dos eventuais riscos associados a decisões genuinamente más, urge inverter este caminho de passividade generalizada e de falta de intervenção cívica que caracteriza os cidadãos do nosso País. Como? Convocando, deliberadamente, esses mesmos cidadãos, através de referendos populares com carácter de regularidade, sobre assuntos de superior interesse nacional (como, por exemplo, o Orçamento de Estado), vinculando-os às decisões.
A ideia de que é através da participação partidária que se intervém politicamente, a fim de construir uma Democracia melhor, falhou em toda a linha; na realidade, são os partidos políticos que, infelizmente, estão na raiz do problema. E é por isso que a resposta para uma maior, mais eficaz e melhor participação cívica, o tal exercício activo da cidadania, não está na actual Democracia Representativa, sobretudo em Portugal onde é preciso que os cidadãos participem activamente na vida política (diferente de partidária) do País e que o façam, esperançosamente, de modo pró activo e preparado.
Nos últimos anos, não faltaram pessoas a alertar para a catástrofe que se avizinhava. Medina Carreira, no domínio das contas públicas, foi talvez o expoente máximo desses alertas. Mas houve outras pessoas que, descomprometidas do aparelhismo partidário, também se fizeram ouvir. Infelizmente, esses mensageiros foram descartados porque, não estando no circuito partidário, não influenciariam o rumo dos acontecimentos. E assim se juntou a passividade à impreparação. A navegação à vista deu no que deu.
o fim do Estado Social
PREC de direita?!
22 outubro 2011
a qualidade dos políticos
Bem, que a "Gomez, Acebo & Pombo", uma das mais prestigiadas firmas de advocacia em Espanha, queira contratar o jurista Sérgio Sousa Pinto para o seu escritório de Lisboa, isso, é lá com os seus sócios. Pelo contrário, que o deputado Sérgio Sousa Pinto queira acumular o seu lugar na Assembleia da República com um emprego, presumo que remunerado, na advocacia privada, isso, é que já não me parece nada aceitável (na minha opinião, não devia sequer ser permitido). E menos aceitável se torna - é, aliás, completamente inaceitável - que, tendo sido avaliado e reprovado entre os seus pares juristas, chumbando especificamente em Direito Constitucional, o actual Vice-Presidente da Comissão Parlamentar dos Assuntos Constitucionais (!) considere o chumbo um mero assunto da sua esfera privada!!??!
PPP Saúde
“A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) – que ajuda o Ministério a gerir o sector – recomenda a Paulo Macedo que ‘baralhe e dê de novo’ centenas de especialistas para que as unidades do Estado mantenham os cuidados à população cumprindo a imposição de não recorrerem a horas extras ou a empresas de serviços médicos (…) A reestruturação proposta no estudo, de Setembro, implica dispensar centenas de especialistas (transferindo-os para o quadro da mobilidade) das valências tidas como excedentárias: cardiologia, anestesiologia, pneumologia, cirurgia, neurologia e gastro. Os cortes afectam clínicos de todo o país, com a região de Lisboa à cabeça. Só nalguns dos maiores hospitais (grupo que inclui Santa Maria e São José) sobram mais de 500 especialistas (…) E a este grupo de saída juntam-se ainda centenas de médicos cujas áreas clínicas devem, no entender da ACSS, ser extintas (…) Do lado oposto estão os hospitais cujos quadros devem aumentar face ao reforço proposto para 18 especialidades, sobretudo medicina interna, ortopedia, psiquiatria, radiologia, dermatologia, oncologia médica ou oftalmologia. E também aqui há centenas de médicos abrangidos. Só para medicina interna é proposta a contratação de mais 719 especialistas e o maior privilegiado é o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (hospitais de Penafiel e São Gonçalo).”, no semanário Expresso (página 24). Destaques meus.
Neste blogue, têm sido apresentadas as estatísticas que, ao nível europeu, dão Portugal como bem situado nas classificações do número de médicos por habitante. O problema da Saúde no nosso País não é a falta de médicos, como se deduz da leitura dos rácios relevantes, é sobretudo a sua distribuição geográfica, como o estudo técnico citado hoje pelo Expresso bem atesta. Só é pena que o Expresso não tenha mencionado qual o balanço líquido de entradas ou saídas de médicos, certamente previsto pela ACSS, mas, com tantas centenas de clínicos a sair e a entrar – e na ausência desse sempre mediático título “Faltam médicos!” –, deduzo que no balanço o saldo há-de ser próximo de zero, ou até ligeiramente negativo. Em suma, as estatísticas das entidades internacionais que acompanham estes assuntos e que quantificam a realidade nacional estarão correctas. Mas regressando à distribuição geográfica, como seria de esperar, a maior ineficiência do sistema prende-se com a excessiva concentração de médicos em Lisboa (e no Porto), sendo que a sua maior deficiência é a escassez relativa de médicos em locais como Penafiel ou noutras zonas menos apelativas do País. Afinal de contas, na ausência de incentivos, quem é que quer ir viver para a província?! Enfim, leiam de novo a peça do Expresso: “Os cortes afectam clínicos de todo o país, com a região de Lisboa à cabeça. Só nalguns dos maiores hospitais (grupo que inclui Santa Maria e São José) sobram mais de 500 especialistas”. Só nalguns!
Ora, vem tudo isto a propósito desses contratos Lesa-Pátria, as chamadas PPP’s, ao abrigo das quais o Estado prevê gastar mais de 1.000 milhões de euros em 2012 e dos quais 320 milhões serão destinados a PPP’s na Saúde. E destes 320 milhões, cerca de 60% desse valor, ou seja, quase 200 milhões referem-se a “encargos relacionados com a construção e a gestão do estabelecimento de cuidados de saúde dos novos hospitais de Braga e Loures” (página 119 da proposta de Orçamento de Estado para 2012). Pois de Braga não sei, mas em Lisboa se sobravam médicos, pelos vistos, com essa nova PPP do Grupo Espírito Santo em Loures vão deixar de sobrar ou, então, sobrarão menos!
De facto, aqui há dias, num post publicado n’O Insurgente, transcrevi parte de uma entrevista do Presidente do Conselho de Administração do Grupo Hospitalar Lisboa Norte, responsável pelo Pulido Valente e pelo Santa Maria, na qual o gestor (e médico), explicitamente, se insurgia contra a criação de um novo hospital (a PPP de Loures) no coração da zona de influência do Lisboa Norte e, implicitamente, porquanto ao abrigo de um contrato de cedência de interesse público, se insurgia contra a possibilidade de que o Grupo Espírito Santo lá pudesse recrutar 85% do seu pessoal (é da lei!) sem que este perca o anterior vínculo à Administração Pública. Ora, se na Grande Lisboa há tanta redundância de médicos especialistas é porque não há doentes que justifiquem tantos clínicos. E, portanto, se as unidades de saúde existentes na área são suficientes para satisfazer a procura, por que carga de água se estabelecerá agora aquela PPP na Saúde, financiada pelo erário público em milhões de euros, em Loures?! E, adicionalmente, quanto custa essa alegada cedência de interesse público?!
Tem a palavra, Sua Excelência, o Senhor Ministro da Saúde...
CACMEO
Commission for the Application of "Coimas" in Economic Matters and Publicity.
Caro Ministro da Economia,
Eis o meu critério para a extinção de organismos públicos:
Todos os organismos cuja denominação não tenha tradução literal em inglês devem ser extintos.
21 outubro 2011
catarse
(...) o euro trouxe muitas vantagens para muitos países membros, mas trouxe também responsabilidades. E enquanto a Alemanha mantinha, por exemplo, os custos unitários do trabalho sob controlo, outros países – como a Grécia, Portugal e Espanha – entraram numa espiral de descontrolo e euforia, perdendo, apenas aí, cerca de vinte por cento da sua competitividade face aos germânicos.
A análise que faço dos desequilíbrios que se foram estabelecendo na última década leva-me a concluir que o problema, mais do que macro económico, é essencialmente cultural. No sul da Europa, a falta de credibilidade das instituições democráticas e a forma como estas são manipuladas ao sabor de jogos e simpatias políticas conduzem ao desrespeito generalizado e à desresponsabilização da sociedade. É, por isso, que nestes países do sul da Europa a contestação pública às medidas de austeridade é tão maciça – ninguém reconhece autoridade moral aos políticos que as tentam impor. Deste modo, na Grécia, em Espanha e em Portugal, cabe às respectivas populações e políticos lidarem com a verdade e com as consequências de algumas das políticas desastrosas do passado. Cabe a estes países zelar por uma cultura de seriedade, de confronto com a realidade, que passa por chamar mentira àquilo que não é verdade – em vez dessa inovação linguística designada por “inverdade”" ("Alemanha", Vida Económica, 11 de Junho de 2010)
não estou tão pessimista
"(...) Nas últimas décadas, o crescimento do Estado na Europa travou o potencial da economia. Em parte, essa generosidade estatal foi o reflexo de um sistema político em que quem mais oferece é quem ganha mais eleições. E, em parte, pelo envelhecimento da população que tornou a sociedade mais defensiva e, por irónico que pareça, mais egoísta no sentido de que nunca na história as gerações mais velhas oneraram tanto as gerações mais novas como agora. A situação é pois insustentável. Não é possível manter em Portugal quase seis milhões de beneficiários de subsídios. E, também, não é possível manter as pessoas que trabalham prisioneiras do Estado quase seis meses por ano – o tempo que cada um de nós gasta a trabalhar exclusivamente para pagar impostos. É neste contexto, despoletado pelo episódio grego, que surge esta reflexão europeia acerca do nosso modelo de sociedade e das suas limitações no estado actual. É neste contexto que, em alguns países, se discute a possibilidade de limitar constitucionalmente o défice do Estado ou algum tipo de equilíbrio orçamental – algo que, curiosamente, foi prática corrente no nosso regime do Estado Novo – e que já foi ratificado na Alemanha para entrar em vigor a partir de 2016.
Na Europa, tendo em conta os hábitos criados desde há trinta anos, o que aí vem vai doer. E, em Portugal, vai doer ainda mais, especialmente para todos aqueles que não estão na órbita do Estado, sendo que existe alguma probabilidade de que, mantendo os actuais privilégios na função e administração públicas – e a correspondente caça fiscal – lá para 2013 o país estoure e se torne na próxima Grécia. Porém, com ajustamento gradual (Europa) ou com um ajustamento súbito (Portugal), a parcimónia que se avizinha fará com que, a seu tempo, as famílias e as empresas se tornem mais espontâneas, mais capazes, mais responsáveis, mais exigentes e mais justas. E fará também com que o Estado deixe de ser um empecilho, cuja acção excessiva entorpece a sociedade. A bem ou, no caso português, possivelmente, a mal, acredito que estamos a entrar no caminho certo." ("Parcimónia", Vida Económica, 28 de Maio de 2010).
Desocupai Lisboa
“Não houve detenções. Um grupo de seis indivíduos danificou os cartazes dos manifestantes que continuam frente à Assembleia da República e duas pessoas foram identificadas”, indicou a mesma fonte.”, no Público.
A notícia do Público, que em cima transcrevo e que foi assinada sob o título “Duas pessoas identificadas por provocar desacatos frente à AR”, é muito interessante. É que facilmente induzirá em erro o leitor que se fique apenas pelo título. Inicialmente, quando li as gordas, pensei que os identificados pela Polícia seriam manifestantes do "Occupy Lisboa". De seguida, lendo melhor a notícia, apercebi-me de que, afinal, os identificados nada tinham a ver com a manifestação; eram, na realidade, manifestantes contra a manifestação “Occupy Lisboa”!
Ora, tenho seguido estes movimentos com muita atenção e até agora ainda não me tinha pronunciado a seu respeito. Vou então quebrar o silêncio, afirmando o seguinte: continuo sem perceber a real motivação destes indignados. O que é que querem e o que é que reivindicam? Mais Estado ou mais Democracia? Enfim, se a resposta é “Mais Estado”, então, só poderei discordar. Se, pelo contrário, a resposta for “Mais Democracia”, na forma de maior empowerment e maior responsabilização do eleitorado na tomada das decisões, em alternativa à acção genericamente leviana e inimputável da classe política, então, só poderei concordar. Comece-se, portanto, iniciando uma cultura de referendos populares, com carácter de regularidade, em matérias de superior interesse nacional, como, por exemplo, o Orçamento de Estado (que eu, no que se refere ao de 2012, votaria favoravelmente). É exótico? É, mas na minha opinião, e antes mais cedo que mais tarde, é por esta via que deveríamos enveredar porque a ruína financeira que vivemos hoje é consequência directa de uma outra ruína, ainda maior, que também nos aflige: a política e o simulacro de Democracia em que vivemos, na qual a maioria reclama direitos e somente uma minoria responde com obrigações.
Infelizmente, o movimento que agora se manifesta na Assembleia da República parece-me manifestamente mal motivado, a começar no nome “Occupy (Ocupai) Lisboa”. A generalidade das pessoas que ali tenho visto manifestarem-se, bramando contra os privilégios de alguns (e, sim, são muitos e são obscenos), parecem-me querer apenas um pouco do mesmo, ou seja, que alguém lhes dê a mesma rede, a mesma artificialidade, que criticam em alguns dos outros. Mas a realidade é uma: o País está falido. Repito, o País está falido! Por isso, não se trata de Ocupar Lisboa, ou Portugal para todos os efeitos, porque foi este o caminho que nos conduziu à actual penúria; trata-se, sim, de Desocupar Portugal…dos privilégios e dos interesses instalados. Governar melhor, sim. Governar com os olhos no quintal do vizinho, não.
senso (in)comum
charlatanismo
If engineers were held to the same standards, bridges would collapse as often as banks, planes would fall from the sky (if they ever got off the ground), and cyclical blackouts would be a permanent feature of our electrical grid. But at least they would get to visit the White House.
Have you ever watched engineers from different schools argue on Sunday morning talk shows about the validity of Bernoulli’s Principle or Ohm’s Law? No? Yet economists, like rival witch doctors, get red in the face promoting diametrically opposed economic remedies, sometimes sharing Nobel Prizes in the same year for theories that directly contradict each other. Take $2 trillion and call me in the morning.
Why do we allow these people to formulate economic policy?
Bill Frezza
um título patético
Patético porquê? Porque, em Portugal, 85% da carga fiscal é suportada por 15% da população. Ora isto dá uma carga de aproximadamente 37.000,00 € por cada português que efectivamente paga impostos.
20 outubro 2011
paciência
TS vai estar bem acompanhado, com docentes que asseguram a docência e coordenadores que coordenam.
Portugal, de facto, é muito grande. Nenhuma outra universidade do mundo convidaria um ministro que tivesse levado o país à bancarrota para proferir uma lição de sapiência. Por vergonha, senhores. Por vergonha!
no fim da linha
A Europa estará prestes a deixar cair a Grécia...nos próximos dias.
D. Sebastião
"A declaração [de Cavaco Silva], a segunda em quatro dias, é lamentável. Não porque contraria o Governo, mas porque não tem razão. Porque se há um problema num sector da economia, não se vai penalizar outros sectores em nome da solidariedade. E a verdade é que a Administração Pública tem não um, mas três problemas: está sobre dimensionada (tem gente em excesso), gasta de mais e não permite despedimentos (...) Nesta [área] não tem moral para falar. Quando primeiro-ministro, não fez nada pela reforma do Estado. Mais: aprovou um modelo de remuneração na Administração Pública que fez disparar a despesa com salários." , Camilo Lourenço, hoje no Jornal de Negócios.
O Presidente da República, através das declarações de ontem, deu início a uma nova agenda política: a sua, enquanto (potencial) Salvador da Pátria...
20% de margem 20%
* Medida do Engenheiro, ainda em vigor.
é oficial
Apenas um pequeno exemplo do que poderia ter sido feito (na saúde):
1. Descomparticipação de medicamentos.
2. Revisão terapêutica de todos os doentes a tomar mais de cinco medicamentos.
3. Liberalização das farmácias.
4. Suspensão temporária de tratamentos não essenciais - reprodução assistida, fertilização in vitro, etc.
5. Encerramento de quartos hospitalares - para compensar os cuidados continuados.
6. Suspensão temporária dos programas de eliminação das listas de espera.
Presumo que noutros domínios podiam ter sido tomadas medidas similares e que não teria sido necessário ir aos salários e às pensões.
a única medida de apoio ao crescimento é irrelevante
«A operacionalização da meia hora é complicada. Hoje a maior parte das empresas não tem encomendas, não tem trabalho, e ter os trabalhadores mais meia horas nas empresas é, diria, irrelevante», considerou o líder da Confederação Empresarial Portuguesa (CIP).
19 outubro 2011
visão do passado, ou do futuro?
Eis como Portugal é promovido no estrangeiro:
Visitar o norte de Portugal é como viajar no passado. Mulheres vestidas de negro pastoreiam cabras nas estradas rurais e agricultores, em carros puxados a cavalo, passam pelo empedrado dos mercados.
Ahahahahah
OE2012
"(...) No próximo ano a carga fiscal em Portugal será de 41% do PIB, representando um aumento de 0,8 pontos percentuais do PIB face a 2011 e situando-se mais de 5 pontos percentuais acima da carga fiscal média nos países da OCDE. Em suma, será muito difícil cobrar-se mais do que isto, sem, pelo caminho, se incentivar à evasão fiscal e à desobediência civil. Dito isto, passemos, pois, à redução de Despesa prevista. Em 2012, a Despesa total do Estado português será equivalente a 47% do PIB, inferior à Despesa total de 2011 em 2,3 pontos percentuais. Em números absolutos, estamos a falar de uma redução de cinco mil milhões de euros para um total de cerca de 80 mil milhões (...) [Quanto] às transferências correntes, em especial as transferências para esse alargado e obscuro universo de Serviços e Fundos Autónomos, que são às centenas (muitos existem não se sabe bem porquê nem para quê) e que recebem de Lisboa mais de quinze mil milhões de euros por ano, não entendo como é que o Governo teve o desplante de as manter inalteradas. Isso e as Parcerias Público Privadas, que sendo, na sua generalidade, contratos Lesa-Pátria têm de ser imediatamente revogados. Em suma, reina ainda muita complacência e, incompreensivelmente, mantêm-se muitos interesses instalados. Mas, ao mesmo tempo, é preciso começar por algum lado e nesse sentido os passos deste Orçamento vão na direcção certa, o que é positivo.", no meu artigo desta semana no "Vida Económica".
ninguém fica de fora
Tema a desenvolver.
10 medidas de choque... para Espanha
1. Reducción del gasto corriente
2. Reducción de los impuestos
Asimismo, plantean el mantenimiento constante del total de la carga fiscal y reforma del sistema tributario: la reducción sustancial de las cotizaciones sociales: la rebaja de la imposición sobre el ahorro y la simplificación y reducción del Impuesto de Sociedades.
3. Reforma del mercado laboral y de la negociación colectiva
Los empresarios quieren un nuevo pacto de moderación salarial para el periodo 2012-2015; la simplificación de la legislación laboral y del número de contratos para hacer atractiva la contratación indefinida con una reducción sustancial del coste del despido, que debe situarse en veinte días por año trabajado, con una cuantía máxima de doce meses de salario; la creación de nuevos contratos a tiempo parcial y de formación; la eliminación de la referencia de la inflación para fijar los salarios en la negociación colectiva, y el impulso de más libertad para que el empresario pueda organizar la plantilla para atender a la evolución del mercado.
Asimismo, piden que hay que facilitar el convenio de empresa y la posibilidad de incumplir el del sector si ello pone en peligro la viabilidad de la compañía. Asimismo plantea una nueva Ley de Huelga, favorecer la solución extrajudicial de los conflictos laborales y restaurar el carácter empresarial de las mutuas de accidentes de trabajo.
4. Restablecimiento del crédito y de la liquidez para las empresas
5. Unidad de mercado y fomento del espíritu emprendedor
6. Apuesta decidida por el proyecto de construcción europea
7. Mejora del sistema educativo
¿La clave? Ampliar la libertad de las familias y la participación del sector privado. Asimismo, CEOE pide potenciar la formación profesional, la mejora de la relación entre la empresa y el sistema educativo y el impulso del conocimiento de idiomas y de las nuevas tecnologías.
8. Apuesta por la I+D+i
9. Rediseño de las políticas energéticas
10. Aumentar la dotación presupuestaria para la internacionalización
18 outubro 2011
Estado Hipersocial II
Presidente da CPI confunde empresas com Misericórdias.
incompreensível
2012 - 51,7 MM€
2011 - 49,4 MM€
Um aumento de 4,6 %
17 outubro 2011
cortes expansionistas
Exemplo: Encerrar a RTP seria um corte expansionista. No universo das muitas centenas de entidades públicas que dão prejuízo, há muito cortes expansionistas a fazer.
um homem confuso
Nouriel Roubini, um homem confuso e atormentado.
Desconfio que o Roubini dirá o que julga que o seu auditório quer ouvir, para salvar a sua empresa.
Estado Social
Andreas Schmitz, Presidente da Associação de Bancos da Alemanha
Obama manifesta apoio ao OWS
FT
16 outubro 2011
não queremos craques
Adaptado de um post do JPLN, no Blasfémias
Caro José Pedro Lopes Nunes,
Pretender, pela via administrativa, transformar o SNS num "clube da divisão de honra" é um certo exagero. Não acha?
forte com os fracos
José Manuel Fernandes, no Blasfémias
Drª Fátima Soares,
Perdoe-lhe, que ele não sabe o que diz. Aliás, Vª Exª também não, mas por outras razões. Acusar alguém, que cumpre escrupulosamente a Lei (um contrato de trabalho), de egoísmo, é um disparate. Melhor seria responsabilizar os que fizeram a Lei que permite a reforma aos 55 anos. Enfim.
2 notícias 2
Os municípios algarvios de Aljezur e Castro Marim seguiram o exemplo de Vila Real de Santo António e fizeram um acordo com Cuba para operar pessoas com problemas oftalmológicos, algumas delas em lista de espera há anos. 2008
O programa acelerado de recuperação das listas de espera de oftalmologia, no Algarve, surgiu depois das notícias dos acordos com Cuba.
funcionários públicos foram enganados
O primeiro-ministro justificou hoje a eliminação dos subsídios de Natal e de férias apenas na função pública, até 2013, pelo facto da média salarial ser superior à que se regista no sector privado.
pelourinho
Quando o Estado não cumpre as suas funções e a justiça não funciona, abre-se a porta à justiça popular. Os apelos à prudência são inúteis, a populaça nem sabe o que isso é.
15 outubro 2011
sabedoria clássica
Péricles, cerca de 400 anos AC.
vira o disco
Quase os mesmos pecados que Salazar apontava em 1929-31. Ele dizia que a vida administrativa do País era uma “mentira colossal”. Era a “mentira das previsões”, ou seja o orçamento, e era a “mentira das contas”, ou seja a execução das despesas... Era o abuso do “crédito para pagar despesas correntes”... Era a tentação de “furtar as despesas a uma fiscalização rigorosa”. Era o despesismo, a “nossa prodigalidade”, o “nosso prazer de gastar”, as “nossas aspirações desmedidas”... Era a falta de qualidade das instituições, a “forte pressão dos nossos defeitos administrativos”, a “nossa desordem administrativa”...
Palavras de há oitenta anos que fantasmagoricamente hoje quase ressuscitam, humilham a democracia e envergonham os órgãos de soberania, todos.
Entrevista de Miguel Cadilhe ao Ionline.
o chumbo do Público
Obviamente não foram os exames difíceis que afastaram as escolas públicas do topo do ranking, como afirma o Público. Por ser um ranking, a classificação não se altera com o grau de dificuldade dos exames.
O que aconteceu é que o ensino público se degradou em relação ao ensino privado e, portanto, os resultados relativos são piores.
2 notícias 2
Bastonário da Ordem dos Médicos propõe imposto sobre fast food.
Imaginem telefonar de um telemóvel para fazer uma reserva numa pizzaria. Deve dar pelo menos para uma operação às cataratas.
14 outubro 2011
o social é fatal
Mas a contabilidade ministro a ministro e as drásticas reduções de despesa impostas a cada um já tinham sido, no entanto, bastante esticadas, nas três longas reuniões do Conselho de Ministros sobre o Orçamento que antecederam a de ontem.
Os sectores sociais, Saúde e Educação – duas das áreas com maior peso nos gastos do Estado – foram sendo analisadas sucessivamente, em cada um dos quatro Conselhos de Ministros, em busca de poupanças adicionais. «Não podemos ir mais longe nestes cortes sem pôr em causa a qualidade dos serviços públicos», justificou ontem Passos.
A opção pelo corte nos subsídios de férias e de Natal era a alternativa que restava para atingir uma maior redução da despesa pública.
Sol
o nosso problema é político, não é financeiro
É necessário começar por reflectir sobre a visão e a missão da empresa, para que serve? Que mais-valias cria para os clientes. Qual é o seu “core business”? Quais são as áreas lucrativas e quais são as deficitárias. Há uma regra que diz que 80% do rendimento provém de 20% da actividade, é nessa actividade que a empresa tem de se focar, “sem deitar fora a criança com a água do banho”.
As SBU's (unidades) que estão fora do “core business” e que não são lucrativas têm de ser encerradas. As que são lucrativas têm de ser vendidas.
No fim, a empresa fica mais pequena mas mais robusta e competitiva, “lean and mean”. A rentabilidade aumenta, torna-se atractiva para o capital, expande-se e tem sucesso.
Sem este tipo de “turn-around” é a falência.
Portugal é como uma empresa em dificuldades. O Estado engordou e afastou-se do seu “core business”, a segurança dos cidadãos e a administração da justiça. Expandiu a sua actividade para mil e uma áreas onde há uma hemorragia financeira que vai levar o País à “morte”. Que fazer?
Concentrar-se nas suas responsabilidades fundamentais. A segurança e a justiça não devem, para já, sofrer cortes. A educação, a saúde e a segurança social não são tarefas essenciais do Estado. Devem ser autonomizadas. Todas as outras actividades e empresas do Estado devem ser encerradas ou vendidas.
Cortar os salários a todos os funcionários públicos não resolve o problema. É uma medida de natureza quantitativa, aplicada a um problema que necessita de medidas qualitativas.
Há um mundo de distância entre a macroeconomia e a microeconomia. Aumentar os impostos, ou cortar os salários, não resolve os problemas microeconómicos específicos de cada unidade que está no chamado perímetro do OE. Intuitivamente, eu penso até que algumas soluções macro apenas vão inviabilizar ainda mais algumas “unidades” do Estado, tornando o problema cada vez mais difícil de resolver.
O OE para 2012 não é corajoso, é cego. Estou convencido de que vai agravar os problemas do País. O nosso principal problema não é financeiro e esse é o foco do OE. O nosso principal problema é político (quais devem ser as tarefas do Estado?) e de gestão (como é que vamos atingir os nossos objectivos?). O problema financeiro só tem solução depois de resolver o problema político.
Temos de emagrecer, perdendo gorduras onde é preciso, mas não entrando em caquexia.